Episódio de Piu-Piu e Frajola que faz alusão à obra “O Médico e o Monstro“. Há referências no Pernalonga e no filme A Liga Extraordinária também. |
Com o vazamento dos documentos do escritório de advocacia panamenho Mossak Fonseca, ficou evidente que há algo de podre, não só no Reino Brasileiro, mas na economia e política globais. Grandes nomes do esporte, do cinema e da política estão entre os que tinham empresas escondidas em paraísos fiscais.
Entre os políticos envolvidos, temos o Primeiro Ministro da Islândia. Não é a Dinamarca da citação de Hamlet, mas esse país escandinavo também tinha algo fedendo, tanto que o Premier acabou renunciando. O político ter nome limpo é algo tão sério em países com uma democracia madura que uma Lei da Ficha Limpa não se faz tão necessária, porque há pouco perigo de um bandido publicamente reconhecido ganhar alguma eleição novamente.
Mas algumas pessoas ainda se assustam com o fato da corrupção também existir em países desenvolvidos e de origem protestante, como a Islândia. Como cristãos, isso não nos surpreende, pois não achamos que o desenvolvimento civilizatório, a educação de qualidade ou a democracia colocam fim ao mal que existe entre nós, humanos. Não somos iludidos como o Dr. Jeckyl, personagem de O Médico e o Monstro, de R L Stevenson, sabemos que o mal faz parte da nossa natureza caída e que o Progresso não resolve o problema. Assim como mostra a obra do escritor escocês, sem Deus, a realidade é que o mal piora.
Contudo, é evidente que a pregação do Evangelho e o agir da Igreja como Sal da Terra e Luz do Mundo trazem grandes benefícios à sociedade, pois marcam a cultura com os valores éticos do Reino de Deus.
Países influenciados pela Reforma tem maior consciência de busca pelo bem comum e maior valorização da honestidade pessoal. Por causa de doutrinas protestantes como Mandato Cultural, Vocação, Sacerdócio Universal e a importância da Leitura pessoal da Bíblia, Nações protestantes valorizam o trabalho, a política, as artes e a educação, ao invés de verem as três primeiras como coisas do mundo e a última como um mimo para o ócio das elites.
A influência do Evangelho em uma cultura não cria uma sociedade perfeita, é verdade, pois sabemos que a Nova Jerusalém virá apenas com Cristo, mas já melhora bastante as coisas.
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