Todos os principais jornais e revistas do Brasil não param de publicar matérias defendendo ou critican
do a Proposta de Emenda à Constituição que visa limitar os gastos do Governo Federal conhecida como PEC 241 ou PEC do Teto. As redes sociais estão cheias de pessoas que, instantaneamente, se tornaram profundos conhecedores de Economia, principalmente depois de lerem um texto aqui e de terem assistido dois vídeos acolá.
Talvez, leitor, você seja como eu, ou seja, uma pessoa que precisa de mais informações para ter um parecer sobre um assunto tão complexo. A PEC em questão, além de uma discussão difícil, é um dos debates mais importantes dos últimos tempos sobre a política e a economia do nosso país.
Diante da complexidade e importância do tema, sugiro que você continue a procurar informações sobre a tal PEC, principalmente em termos de consequências que ela trará à nação. Ouça, sempre que possível, os dois lados da questão e evite tomar posição baseado no fato de que o partido A apoia ou pessoa B critica. Na política, de forma geral, e na política brasileira, de forma específica, nenhum grupo é o detentor absoluto da verdade e da virtude.
Como orientações bíblicas que devem guiar nossas opiniões na questão da PEC 241 (e em muitos outros assuntos), sugiro que observemos duas coisas.
Primeiro, que a Palavra de Deus fala que é sábio planejar. Em Provérbios, aprendemos que “os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza” (Pv 21:5) e que “não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado” (Pv 19:2). Em Lucas, Cristo, ensinando sobre discipulado, mostra que é sensato, antes de construir um prédio ou de começar uma guerra, verificar se os recursos que temos são suficientes para esses empreendimentos (Lc 14:25-33).
Sendo assim, planejar e organizar as finanças do país e impedir que o Governo Federal gaste mais do que arrecada são medidas fundamentais para arrumar nossa economia e nos tirar da crise que enfrentamos e que prejudica tantos brasileiros, principalmente os mais carentes.
Por outro lado, devemos considerar o temor de alguns de que o congelamento dos gastos prejudique ainda mais os já falidos sistemas públicos de educação e saúde. Tais atividades, do ponto de vista da nossa Constituição, são direitos de todos os cidadãos. Mesmo que você tenha plano de saúde, leitor, não deve virar as costas para o sofrimento alheio, afinal, Provérbios também ensina que quem “tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido” (Pv 21:13), que quem “despreza ao seu vizinho peca, mas o que se compadece dos pobres é feliz” (Pv 14:21), e que quem se compadece do necessitado honra a Deus (Pv 14:31).
Portanto, não digo a você qual deve ser sua opinião sobre a PEC 241, pois ainda estou formando a minha própria opinião. Mas sei que o país deve misturar responsabilidade orçamentária com cuidado para com os seus cidadãos, principalmente os mais fragilizados.
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