De acordo a minha timeline no Facebook, meus grupos de Whatsapp e a maioria dos canais de jornalismo, o mundo está prestes a acabar pelo fato de Donald Trump ter sido eleito presidente dos Estados Unidos.


Não quero aqui fazer uma longa análise sobre o recém-eleito presidente, muito menos tentar prever como será o governo dele. Pretendo apenas pontuar três coisas que restam evidentes desse processo.

Primeiramente, é evidente que boa parte da classe dos “formadores de opinião”, especialmente intelectuais, jornalistas e artistas, vivem em outro mundo. Há um enorme fosso entre esses defensores dos pobres e os próprios pobres, uma vez que os últimos decidiram votar no inimigo pintado pelos primeiros.
A classe média baixa e os pobres preferiram Trump, mais à direita, em detrimento de Hillary, mais à esquerda. Algo bem parecido com o que aconteceu na eleição para prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, disputada entre Freixo e Crivella.
Em segundo lugar, também é digno de nota o fato de que, não obstante os EUA serem uma nação com instituições democráticas fortes e consolidadas, há espaço para populismo, como é o caso da vitória de Donald Trump, que esbravejou muito, xingou em excesso e discutiu seriamente pouco. Esse caudilhismo norte-americano é apenas mais uma edição de algo que é muito comum na humanidade, a saber, a necessidade que muitas pessoas têm de ter sobre elas um líder absoluto, salvador e inquestionável.
Esses líderes divinizados são ídolos e existiram como faraó no Egito, caesar em Roma, monarca absolutista na Europa, imperador na era napoleônica, führer no Terceiro Reich, secretário-geral do Partido Comunista na Rússia, califa no Estado Islâmico e por aí vai. Se não reconhecermos o Senhorio de Cristo, acabaremos por colocar falsos senhores sobre nós.
Por fim, não podemos, leitor amigo, deixar de perceber que muitos têm colocado esperança demasiada na política como caminho para redenção humana e da sociedade. A política é importante, afinal, como ensinou Aristóteles, somos seres essencialmente políticos, já que vivemos na cidade (pólis). No entanto, a política não resolverá todos os nossos males.
Devemos colocar em Deus a nossa fé. Independentemente de quem ocupe a Presidência dos EUA, do Brasil ou da ONU, o fundamental é que o Senhor Todo-Poderoso reina e o Cordeiro reina a sua destra.

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