Olá amigos e irmãos! Bem-vindos todos ao nosso décimo estudo sobre os Dez Mandamentos baseados no Breve Catecismo de Westminster. Hoje estudaremos as perguntas 73 a 75, as quais tratam sobre o oitavo mandamento do Decálogo.
Pergunta 73: Qual é o oitavo mandamento?
Resposta: O oitavo mandamento é: “Não furtarás” (Êx 20.15).
Pergunta 74: O que exige o oitavo mandamento?
Resposta: O oitavo mandamento exige que procuremos licitamente aumentar nossa riqueza e nossa condição exterior, bem como as do nosso próximo (2Ts 3.10-12; Rm 12.17; Pv 27.23; Pv 13.4; Pv 20.4; Fp 2.4).
Pergunta 75: O que proíbe o oitavo mandamento?
Resposta: O oitavo mandamento proíbe tudo o que impede ou possa impedir injustamente o aumento da riqueza ou do bem-estar, tanto nosso como do nosso próximo (1Tm 5.8; Ef 4.28; Pv 21.6; 2Ts 3.7-10).
Este é mais um mandamento que diz respeito aos relacionamentos humanos, seção começada no quinto mandamento. Apenas recordando, o quinto mandamento trata do nosso relacionamento com nossos pais e com as autoridades de uma maneira geral; o sexto trata da preservação da vida, proibindo o homicídio; o sétimo, trata da preservação da pureza, proibindo não somente o adultério, mas toda forma de impureza sexual.
Segundo o Breve Catecismo de Westminster, o oitavo mandamento trada da riqueza, dos bens das pessoas. Em primeiro lugar não vê como pecaminoso uma pessoa adquirir bens. O que é pecaminoso é colocar os bens e a riqueza no lugar que pertence a Deus. Isso é idolatria, já tratado no segundo mandamento.
Outro pecado também é utilizar meios ilícitos para adquirir riquezas. O furto, referido expressamente no mandamento, é (lembrando nossas aulas de Língua Portuguesa) uma sinédoque (a parte pelo todo) e simboliza todo e qualquer meio ilícito utilizado por alguém para enriquecer. Assim, é pecado o recebimento de propina ou suborno, o estelionato, o desvio de verbas públicas, etc.
A formação do patrimônio pessoal ou familiar deve ser fruto de atividades lícitas e honestas aos olhos de Deus. Assim, mesmo que a produção de material pornográfico, por exemplo, seja uma atividade lícita aos olhos da lei nacional ou do governo e seus empresários recolham impostos e os encargos devidos, esta não é uma atividade lícita aos olhos de Deus e não deve ser exercida por cristãos nascidos de novo, cristãos regenerados.
O mandamento também regula nosso relacionamento com os bens e as propriedades dos outros. É sempre bom recordar que os Dez Mandamentos sintetizam a Lei Moral de Deus e esta lei vale para TODA a humanidade e que essa lei moral, segundo o apóstolo Paulo em Romanos, foi gravada no coração de TODOS os homens e por ela serão julgados no Dia do Juízo. Bem, voltando, o mandamento obviamente proíbe que qualquer pessoa se aproprie dos bens dos outros de forma ilícita, ou seja, há uma determinação para que os bens e as propriedades dos outros sejam respeitados. Assim, também não nos é lícito degradar, corromper, danificar, estragar ou destruir a propriedade alheia. Que bom seria se toda a humanidade cumprisse esses dez mandamentos… viveríamos em um mundo muito melhor, não concordam?
Outro ponto que não devemos esquecer é que se Deus nos dá riquezas, devemos utilizá-las para ajudar os pobres, pois isto é grato aos olhos do Senhor e Paulo nos diz em Efésios que devemos trabalhar para ter com que ajudar os necessitados.
Finalizando, devemos lembrar o que o apóstolo Paulo nos exorta com veemência em 1Tm 6.9-10: “No entanto, os que ambicionam ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitas vontades loucas e nocivas, que atolam muitas pessoas na ruína e na completa desgraça. Porquanto, o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e por causa dessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se atormentaram em meio a muitos sofrimentos”. A riqueza, portanto, é um dom de Deus e deve, como todos os outros dons, ser usada para a Glória de Deus e não a nossa.
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