ESTUDO NA EPÍSTOLA AOS HEBREUS – Nº 07

ESTUDO NA EPÍSTOLA AOS HEBREUS – Nº 07

JESUS É O NOSSO SUMO SACERDOTE

RECORDANDO:

Autor: desconhecido;

Destinatários: Líderes judeus que aceitaram a mensagem de que Jesus era o Messias, mas que estavam titubeantes em sua decisão, visto que a maioria dos judeus não aceitaram tal mensagem, e estavam considerando retornar à antiga fé.

Propósito: Restaurar a confiança dos irmãos e fortalecer a convicção de que tinham tomado a decisão correta.

– Jesus é apresentado de forma majestosa, como Deus e como homem, o Filho de Deus. É apresentado como superior aos anjos, superior a Moisés e a Josué, e o autor faz várias advertências sobre descrer no que foi dito anteriormente e insta seus leitores a permanecerem firmes na fé.

JESUS É NOSSO SUMO SACERDOTE (4.14-5.10)

Após ter afirmado verdades contundentes acerca de Jesus como Filho de Deus, bem como ser ele verdadeiro homem, superior aos anjos, a Moisés e a Josué, agora o autor de Hebreus o apresenta como sumo sacerdote, uma figura conhecida por todos os judeus da época e a figura mais importante do judaísmo praticado no Séc. I.

Inicialmente deve-se notar que Jesus, por ser da tribo de Judá, jamais poderia ocupar o lugar de sumo sacerdote, pois o sacerdócio judaico estava reservado aos descendentes de Aarão, irmão de Moisés, o primeiro sumo sacerdote, da tribo de Levi. Entretanto, é dito que o sumo sacerdócio de Cristo não é o sacerdócio aarônico, mas segundo a ordem de Melquisedeque, a quem o pai de todos os israelitas, Abraão, entregou o dízimo, uma ordem sacerdotal superior à ordem aarônica.

Chamo a atenção para os verbos contidos no versículo 14: “visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda firmeza à fé que professamos”. O primeiro verbo denota a certeza de que aquele que crê em Jesus não está abandonado frente a Deus (e isso era importantíssimo para aqueles irmãos, pois era justamente assim que eles se sentiam: soltos, ao léu, sem uma referência; por essa razão é que cogitavam retornar ao judaísmo, pois lá eles tinham essas referências). E por que ter um sumo sacerdote era tão importante?

O sumo sacerdote era a figura central do judaísmo praticado no séc. I, pois era ele quem sacrificava o cordeiro pascal, recolhia o sangue e o levava para o interior do Santo dos Santos, onde, diante da Arca da Aliança, apresentava aquele sangue no Propiciatório. Aquele sangue representava o sangue do Messias.

O sumo sacerdote judaico entrava no templo, que era uma representação do santuário onde Deus habita. Já Jesus, o nosso sumo sacerdote, adentrou o próprio céu!!! E não somente isso, o autor volta a enfatizar que Jesus, o nosso sumo sacerdote é o Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade. Em vista desses fatos tremendos, o autor conclama seus leitores (e a nós, também) a apegarem-se com toda firmeza à fé em Jesus.

Em seguida, o autor volta a deixar claro a profunda, absoluta, identificação de Jesus com a humanidade, afirmando que Jesus é capaz de compadecer-se de nossas fraquezas, pois ele mesmo sofreu em sua carne, sem pecado, todas as dores, sofrimentos e tentações humanas.

Devido a isso, podemos nos achegar confiadamente ao trono da graça. Ou seja, os crentes em Jesus podem acompanhar seu sumo sacerdote e adentrar o próprio santuário celestial e relacionar-se pessoalmente com Deus.

Veja-se também que o autor fala que Jesus se compadece de nossas fraquezas, que o trono é de graça, e não de juízo, que recebemos misericórdia e graça!.

Em seguida, o autor discorre acerca do sumo sacerdote humano. Em primeiro lugar ele é escolhido e designado por outros. Não se trata de um cargo que alguém se candidata, mas um ofício para o qual é escolhido. Em segundo lugar, ele representa o povo diante de Deus, ele é o intermediário entre Deus e a congregação. Por ser humano e compartilhar das fraquezas humanas, ele pode ter compaixão dos seus semelhantes que, por falta de conhecimento se desviam, mas quanto aos pecados voluntários, deve fazer sacrifícios pelos seus e pelos do povo.

Semelhantemente, Jesus não tomou a si a glória de ser sumo sacerdote, mas foi chamado por Deus para desempenhar tal relevante papel. Seu chamado incluía o aprendizado da obediência, o que ele o fez através do sofrimento que ele experimentou, através de sua identificação com a humanidade.

Aperfeiçoou-se e tornou-se a fonte de salvação eterna para todos os que lhe obedecem. Em vista disso, foi por Deus designado sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, uma ordem superior ao sacerdócio aarônico.

Na próxima semana retornaremos com mais um estudo.

Não deixe de nos acompanhar. Até lá.

 

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