A Igreja Presbiteriana do Brasil completa hoje 160 anos. Não é difícil encontrar as informações sobre essa linda história. É importante entender, contudo, que a História da IPB é maior do que a denominação em si. Em 12 de agosto de 1859, Simonton chegou ao Brasil, mas a mensagem que ele trazia já havia sido prometida por Deus num período não passível de datação: “porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15).
As boas novas pregadas pelo missionário norte-americano foram prometidas quase 4 mil anos antes dele pensar em vir para nossas terras calorosas, quando Deus disse a certo homem que nele seriam “benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Uns 500 anos depois, a mesma pessoa que falou a Eva e a Abraão disse a Moisés: “suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar” (Dt 18.15). Passados mais uns 500 anos, o Senhor da História disse a um homem chamado Davi: “farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. [….] A tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2Sm 7.12,16). Agora estamos por volta do ano 500 a.C. Deus dá a um profeta a seguinte visão: “eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem […]. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído” (Dn 7.13-14).
Se você me acompanhar por mais 500 anos, chegaremos na plenitude dos tempos, quando Deus se fez gente, morreu, ressuscitou e foi assunto aos céus, de onde reina. A história de seus seguidores iniciais, narrada no Novo Testamento, é menor do que os 160 anos da IPB em termos cronológicos, dura uns 70 anos. No entanto, juntamente com o Antigo Testamento narrado há pouco de 500 e 500 anos, constituem nossa única fonte de fé e prática. Esse período apostólico foi há uns 2000 anos.
E agora? Bom… os Atos dos Apóstolos, que na verdade narram os atos do Espírito Santo orientando a Igreja, não terminam nos contando como terminou a vida de um dos principais personagens humanos do livro, o Apóstolo Paulo. Por quê? Porque não importa em si a história dele, mas a História na qual ele foi inserido ao estar “em Cristo” e que ele, o nascido em Tarso, gastou a vida toda contando: “tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação” (2Co 5.18-19).
Ao longo de dois milênios Deus levantou gente crente, não para compor a Bíblia, mas ensiná-la com fidelidade, anunciando o Evangelho de Jesus Cristo. Uns 500 anos depois dos apóstolos, veio Agostinho de Hipona. Por volta do ano 1000, gente como Anselmo de Cantuária. Uns 500 atrás, João Calvino.
E hoje? O Espírito Santo continua guiando a Igreja. Temos a rodear-nos uma grande e antiga nuvem de testemunhas (Hb 12.1). Sendo assim, meus irmãos, preguemos até que Ele venha, ponha fim à História e comece a Eternidade!!!
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