Presb. Rubens Cartaxo Junior
Igreja Presbiteriana de Natal
RECORDANDO:
Autor: desconhecido;
Destinatários: Líderes judeus que aceitaram a mensagem de que Jesus era o Messias, mas que estavam titubeantes em sua decisão, visto que a maioria dos judeus não aceitaram tal mensagem, e estavam considerando retornar à antiga fé.
Propósito: Restaurar a confiança dos irmãos e fortalecer a convicção de que tinham tomado a decisão correta.
– Jesus é apresentado de forma majestosa, como Deus e como homem, o Filho de Deus. É apresentado como superior aos anjos, superior a Moisés e a Josué, e o autor faz várias advertências sobre descrer no que foi dito anteriormente e insta seus leitores a permanecerem firmes na fé. Fazendo uma ponte com o A.T., o autor apresenta Jesus como Sumo Sacerdote. No estudo anterior, vimos as bases da nossa confiança: Jesus é nossa âncora. Ademais, Ele é um sumo sacerdote único e perfeito.
– Além disso, o autor deixa claro a seus leitores que as leis cerimoniais, os sacrifícios, o templo e seus aparatos eram simples sombras, símbolos que apontavam para o real e o verdadeiro, Jesus, a oferta perfeita e o sumo sacerdote perfeito que ministra no santuário celestial.
– O autor ressalta mais uma vez que o sacrifício de Cristo foi único, perfeito e para sempre, o qual nos garante a salvação eterna.
– O autor faz advertências contra a apostasia: se Cristo é o único meio de salvação, rejeitar seu sacrifício significa a impossibilidade de alcançar a salvação.
15. Exemplos de Fé (11.1-40).
Chegamos ao famoso capítulo dos heróis da fé. É interessante lembrar que o autor em seu capítulo anterior exorta seus leitores a permanecerem firmes na fé, apesar das perseguições e terminou o capítulo falando aos seus leitores de sua convicção que eles (autor e leitores), após exortá-los sobre o perigo da apostasia, são daqueles que mantém a fé e a constância. O propósito do autor é mostrar, com exemplos práticos, que a fé pode vencer as adversidades e os perigos.
Ele inicia definindo o que é a fé, a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos (v.1, NVI). Para o autor, a fé trata basicamente de duas coisas: as do futuro (que esperamos) e as que não se veem. Embora não sejam vistas no presente, não significam que não são reais, e lista de exemplos dos homens e mulheres de fé que ele apresenta são uma prova de que a fé é, e sempre foi, o meio de salvação e relacionamento com Deus.
A lista começa com Abel, mesmo tendo ele sido a primeira vítima de um homicídio, seguido por Enoque, o único homem que não experimentou a morte, tendo sido arrebatado, tão grande era sua intimidade com Deus. É interessante que o trecho final que o autor dedica a Enoque seja uma poderosa declaração: Sem fé é impossível agradar a Deus. Deduz-se que Enoque foi um homem que agradou profundamente a Deus.
Em seguida o autor fala de Noé e sua fidelidade no meio de um mundo totalmente depravado e ímpio, passando depois ao exemplo de Abraão, que aguardou entre 25 e 30 anos para que a promessa do seu descendente fosse cumprida e que não hesitou em sacrificá-lo sob a ordem divina. Além disso o autor cita Isaque, Jacó, José. Moisés recebe uma sessão especial, posto que pela fé abriu mão de seu lugar na família real da nação mais rica e poderosa da época, o Egito, para, obedecendo a Deus, conduzir seu povo rumo à Terra Prometida.
Josué e os juízes são citados como homens cuja fé derrubou muralhas, praticou-se justiça, reinos foram conquistados, promessas foram alcançadas, bocas de leões foram fechadas, batalhas foram vencidas, mulheres receberam seus mortos pela ressurreição.
Entretanto, apesar de tantos exemplos de sucesso e livramento, também há aqueles que sofreram pela fé que tinham em Deus e não arrefeceram e não negaram o seu Deus. Seus sofrimentos foram açoites, perseguição, morte ao fio da espada, serrados pelo meio, apedrejamento, exílio. Nada disso, porém, os levou a fraquejar. O autor diz que o mundo não era digno dessas pessoas, mas eles receberam bom testemunho por meio da fé.
Entretanto, eles não receberam em vida o que os leitores da carta haviam recebido: Jesus Cristo, o Messias. Os heróis da fé morreram na esperança da vinda do Messias, os leitores da carta já haviam recebido o Messias pela fé, e isso os fazia muito mais responsáveis, pois a eles foi revelado muito mais do que o que havia sido revelado aos antigos.
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