O SACRIFÍCIO DE CRISTO É DEFINITIVO
Hb 10.1-18
Presb. Rubens Cartaxo Junior
Igreja Presbiteriana de Natal
RECORDANDO:
Autor: desconhecido;
Destinatários: Líderes judeus que aceitaram a mensagem de que Jesus era o Messias, mas que estavam titubeantes em sua decisão, visto que a maioria dos judeus não aceitaram tal mensagem, e estavam considerando retornar à antiga fé.
Propósito: Restaurar a confiança dos irmãos e fortalecer a convicção de que tinham tomado a decisão correta.
– Jesus é apresentado de forma majestosa, como Deus e como homem, o Filho de Deus. É apresentado como superior aos anjos, superior a Moisés e a Josué, e o autor faz várias advertências sobre descrer no que foi dito anteriormente e insta seus leitores a permanecerem firmes na fé. Fazendo uma ponte com o A.T., o autor apresenta Jesus como Sumo Sacerdote. No estudo anterior, vimos as bases da nossa confiança: Jesus é nossa âncora. Ademais, Ele é um sumo sacerdote único e perfeito.
– Além disso, o autor deixa claro a seus leitores que as leis cerimoniais, os sacrifícios, o templo e seus aparatos eram simples sombras, símbolos que apontavam para o real e o verdadeiro, Jesus, a oferta perfeita e o sumo sacerdote perfeito que ministra no santuário celestial.
12. O Sacrifício de Cristo é Definitivo
O autor da epístola tem insistido fortemente na comparação dos sacrifícios levíticos ao sacrifício de Cristo. Tem insistido nisso para deixar bem claro aos seus leitores a insensatez, insanidade, até, de eles cogitarem retornar ao antigo sistema sacrificial, que nada mais era do que sombras, símbolos, simplesmente apontavam para a realidade, que é o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. Aliás, é justamente alertando que a Lei traz apenas sombras dos benefícios que hão de vir e não a sua realidade que o autor inicia o capítulo 10 de sua carta.
Tais sombras, argumenta o missivista, não têm o poder de perdoar pecados, pois, se tivessem, não haveria necessidade de ser constantemente repetidos. Sua repetição atesta sua incapacidade de perdoar pecados (v. 4), funcionando, na verdade, como uma recordação anual de como o povo era pecador (v.3).
Lançando mão do Sl 40.6-8 (v.5-7), o autor deixa claro que Deus não se agrada meramente do ritual sacrificial, mas exige do adorador um coração compungido, contrição e arrependimento. Podemos recordar de outros textos neste sentido, como Isaías 1.11-17, que tem o mesmo teor de reprovação de sacrifícios e holocaustos oferecidos com o coração impenitente.
De outro lada temos o sacrifício oferecido por Jesus, o único homem que conseguiu cumprir toda a Lei e viver sem pecado. Ele cumpre a vontade do Pai e por meio de seu sacrifício nós somos santificados (separados) e temos os nossos pecados perdoados (v. 9-10). O autor reitera que o sacrifício de Cristo foi realizado de uma vez por todas. Se assim é, trata-se de um sacrifício perfeito, sem necessidade de repetição ou complementação, tornando os sacrifícios levíticos de bodes e cordeiros totalmente desnecessários.
Nos v. 11-14, o autor da epístola faz uma comparação entre os sacrifícios levíticos oferecidos pelos sacerdotes e o sacrifício de Cristo. Aqueles precisam ser repetidos e mais, o sacerdote antes de apresentá-los tinha que fazer um sacrifício prévio por seus próprios pecados para, somente depois, realizar o sacrifício pelo povo. É bom recordar que anteriormente o autor já havia ressaltado a necessidade de substituição de sacerdotes, pois estes morriam e precisavam de substitutos. Não é o caso de Cristo. Além de seu sacrifício ser perfeito ele se assentou à direita de Deus e só aguarda que seus inimigos sejam postos por estrado de seus pés. O sacrifício perfeito aperfeiçoou (aqui no sentido de completou a obra) os que estão sendo santificados, ou seja, os eleitos.
Encerrando esse trecho, o missivista deixa claro que na Nova Aliança a Lei de Deus será inscrita na mente e no coração dos salvos. Isso faz uma ponte com Rm 8.9. O Espírito Santo habita no coração dos salvos.
Ainda no trecho final, o autor traz uma palavra de grande conforto e esperança: O sacrifício de Cristo perdoou todos os nossos pecados. Se os pecados foram perdoados, não há mais necessidade de novos sacrifícios.
As lições dirigidas aos hebreus do séc. I são atualíssimas nos dias de hoje e nos trazem grande conforto e firmeza na fé.
Continue nos acompanhando. Divulgue. Compartilhe. Comente.
Até o próximo estudo.
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